domingo, 22 de setembro de 2013

CDS-PP TORRES NOVAS: Análise Financeira, Económica e Patrimonial dos Municípios

Capítulo III: Análise Financeira, Económica e Patrimonial dos Municípios

Este é um tema de extraordinário interesse para o nosso Concelho, pois até à data não houve qualquer partido da oposição que se debruçasse sobre este assunto. Impõe-se, por isso, que sobre ele nos debrucemos, tendo em conta a falta de transparência dos dados obrigatórios devidos à Assembleia Municipal para deliberação e demais entidades para controlo e fiscalização, e o desempenho do executivo camarário na utilização de fundos comunitários, receitas de impostos municipais e na aplicação dos mesmos em proveito da população em geral.
Não pode, aliás, deixar de constituir motivo de surpresa e indignação a acomodação de alguns partidos representados quer na Câmara e na Assembleia Municipal, que apenas se preocupam com pequenas intervenções com carácter pouco fundamentado, cujas preocupações apenas se repercutem nalgumas localidades do concelho, nas quais encontram um eleitorado mais fiel. O CDS-PP, tem a ambição de observar escrupulosamente todos os valores políticos autárquicos, considerando de igual modo todos os cidadãos, defender os interesses das populações, valorizar as condições de vida, de educação, de saúde e cuidados intensivos, promover o apoio social, combater o desemprego, garantir a segurança e a protecção dos cidadãos, criar uma política ordenada no urbanismo, equipamentos públicos e no ambiente.
Algumas destas forças políticas apresentam-se ao eleitorado, arrogando-se num pretenso trabalho feito. Não podemos discordar de tal asserção, posto que, os dados incluídos no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses e as recentes conclusões da Inspecção Geral de Finanças (IGF) promovidas às contas da CMTN, demonstram inequivocamente os frutos de tal trabalho. Um trabalho de cumplicidade e complacência com o desvario e controlo económico e financeiro da CMTN. Um trabalho que, tanto por acção, como por omissão, conduziu ao resultado apontado pela IGF: FALÊNCIA! O Município está falido!
Avançamos para a caracterização/explicitação dos aspectos fundamentais do tema em causa:
1.    Dos 308 municípios analisados no Anuário Financeiro constata-se que Torres Novas não divulga o Passivo Exigível (Dívida), reportada ao último ano económico de 2012. Elementos desconhecidos e de publicação obrigatória;
 
2.    Torres Novas ocupa o 49º lugar do Ranking dos municípios, com maior endividamento líquido, cujo valor declarado ascende a 31.038.152,00 Euros;
 
3.    Encontra-se classificado entre os 145 concelhos, com prazos de pagamento desconhecidos superiores a 90/180 dias e cujos valores de dívida a fornecedores são superiores a 50% das receitas totais do ano anterior (2012) com um valor de 16.012.293,00 Euros, situando-se no 24º lugar dos municípios a nível nacional. Trata-se, sem dúvida, de um óptimo exemplo de gestão autárquica que, acima de tudo, contribui para a falência de inúmeras empresas de prestação de serviços, gera desemprego e perturba seriamente as condições de vida dos munícipes;
 
4.    É um dos municípios com menor liquidez, com um valor de apenas 15.145.006,00 Euros, ocupando o 22.º lugar do Ranking entre o total dos municípios, desconhecendo-se quaisquer resultados económicos;
 
5.    No que respeita ao endividamento líquido do Sector Empresarial Local (SEL), e no caso concreto das Águas do Ribatejo, esta é uma das empresas com maior passivo exigível (Dívida). Passivo que se traduz numa evolução assustadora com valores relativos a 2009 de 15.682.816,00 Euros, 26.731.307,00 Euros em 2010 e de 31.334.735,00 Euros em 2011. Em apenas 2 anos, a dívida desta empresa duplicou quando, por contraposição, se registou um aumento desmesurado do preço da água aliado a um conjunto de taxas não esclarecedoras e onerosas, tais como taxas de saneamento, requalificação de infra-estruturas de água, adequação e melhoria de Etars realizadas até 1993, com especial incidência na execução de equipamentos técnicos para a melhoria do ambiente nas localidades rurais. E acrescente-se ainda que existem inúmeros munícipes que pagam inúmeras taxas, sendo as de saneamento, o exemplo mais flagrante, sem que tenham acesso a tais equipamentos;
 
6.    O caso da Turriespaços, empresa criada pelo município com a finalidade de gerir os espaços públicos de cultura e desporto, e defendida acerrimamente pela gestão socialista, é igualmente paradigmático. Já noutro apontamento tivemos oportunidade de a ela nos reportarmos. Deixamos por isso duas breves notas: este sorvedouro de fundos públicos não gera sequer 50% dos gastos totais de funcionamento. Por outro lado esta empresa apresenta um índice de endividamento público na ordem dos 183%;
 
7.    Concluímos este capítulo com uma breve impressão, panorâmica, sobre as empresas municipais e serviços municipalizados cujos resultados económico-financeiros se traduzem em resultados operacionais com valor negativo de -3.269.878,00 Euros, e em resultados líquidos negativos de -2.191.854,06 Euros. O índice de endividamento situa-se nos 171,2%.
 
É preciso urgentemente colocar um travão ao descontrolo e desvario socialista. É precisa outra liderança. O CDS-PP está preparado para Liderar a Mudança em Torres Novas. E você?
 
Dia 29 de Setembro, vota CDS-PP!

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